Considerado um refúgio dentro do Jornalismo da Globo, o Globo Rural virou nos últimos dias sinônimo de preocupação. Dezenas de profissionais estão temendo pelo futuro de seus empregos desde quarta-feira (8), quando a emissora anunciou que o Globo Rural diário será extinto e dará lugar até o final do ano a um novo telejornal, nacional, a partir das 5h, com apresentação de Monalisa Perrone.
A direção de Jornalismo da Globo anunciou aos profissionais do Globo Rural que eles serão realocados no novo telejornal. É aí que reside o perigo. Acostumados a uma rotina calma, sem sobressaltos, e a cobrir assuntos do campo, os jornalistas do Globo Rural terão agora que correr atrás da notícia e a lidar com temas urbanos, políticos, econômicos e internacionais. Eles sabem que serão testados no novo telejornal. Quem não se adaptar, corre o risco de ceder a vaga para outro jornalista.
A Globo deve começar a gravar pilotos do novo matinal logo depois das eleições. O jornal será informal, conversado e bem humorado. Trará as notícias da véspera e da noite, buscando o telespectador que dorme cedo e acorda antes das 5h para trabalhar.
O novo jornal foi criado depois que pesquisas mostraram que existe demanda para noticiários antes das 6h, porque as pessoas acordam cada vez mais cedo, principalmente nas metrópoles. Os números do Ibope já indicam isso: a Globo perde constantemente entre 5h e 6h para SBT, que nesse horário exibe um jornal com reportagens "frias", já apresentadas na véspera.
Ainda sem nome, o novo jornal está escanrando o fim de duas "instituições" da Globo: 1) não existem mais refúgios; 2) a emissora agora corre atrás, sim, da audiência.
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