CURIOSIDADES
Gabriela Spanic tem uma irmã gêmea na vida real, Daniela Spanic, que é
modelo. Daniela foi convidada pelos produtores da telenovela para
aparecer em uma cena em que Paola e Paulina lutam fisicamente, a
sequência teria sido muito difícil de conseguir por truque de câmera.
A atriz Gabriela Spanic já tinha interpretado duas mulheres idênticas em
Como tú, ninguna, mas as personagens não eram relativas, como em A
usurpadora. Ela desempenhou os papéis na última fase da história.
Em 2001, Spanic estrelou "La Intrusa" da Televisa onde mais uma vez,
assumiu funções similares de "A usurpadora": interpretar mulheres
idênticas.
COMENTÁRIOS
Salvador Mejía Alejandre alcançava seu maior êxito nessa produção de
1998, onde ele se superou. Todos se apaixonaram por A usurpadora, a
favorita de muitos, uma novela que deu o que falar dentro e fora da
história.
A começar pela escalação da atriz principal. A primeiríssima cogitada
foi Thalia, que não aceitou, daí vários nomes foram cotados, até que
Carlos Romero, o escritor da novela, sugeriu o nome de uma desconhecida:
Gabriela Spanic, uma venezuelana. Ainda que vítima de alguns
preconceitos por não ser mexicana e protagonizar uma novela no horário
nobre, Gabriela Spanic experimentou uma fama instantânea e merecida.
A história era um remake de El hogar que yo robé, com Angélica Maria,
mas A usurpadora superou a original. A novela atingiu recordes há muito
tempo não alcançados, tanto no México quanto no Brasil, onde deu muita
dor de cabeça ao Jornal Nacional. Os críticos brasileiros acabaram
reconhecendo que a história da novela era empolgante, por isso atraía
tanto público. Justo pela magia do elenco e pela maneira que os
personagens foram se desenvolvendo, já que gêmeas não é um assunto novo
aqui no Brasil. Mas A usurpadora tinha algo especial.
Essa foi daquelas novelas onde todos os personagens marcaram, e a
família Bracho ainda é uma das mais recordadas das novelas. Isso acabou
resultando em muitos destaques no elenco. A começar por Gabriela Spanic,
que brilhou como Paulina e Paola, a gêmea boa e má, respectivamente.
Com todos os artifícios para diferenciar as duas, desde o figurino à
voz, ela evidenciou muito bem quem era uma e quem era outra. Mas ainda
que o público torcesse pela felicidade de Paulina, de quem ele gostou
mesmo foi da exuberante Paola. Era meio óbvio, afinal, a malvada era bem
interessante. Talvez pela exagerada ingenuidade de Paulina que por
muitas vezes, não convenceu. Enquanto isso, Paola brilhava com suas
maldades, sua sensualidade e sua risada inesquecível.
A novela também marcou o regresso da grande Libertad Lamarque, a eterna
rival de Evita Perón às novelas mexicanas. Também tornou de Vovó Piedade
uma personagem inesquecível. Foi uma personagem sempre muito atuante na
história. Ao seu lado, Magda Guzmán, na pele da sofrida governanta
Adelina.
Juan Pablo Gamboa surpreendeu, depois de ter vindo do bondoso Álvaro de
Esmeralda, encarnou muito bem o malandro Willy, um verdadeiro canalha
que após tentar incendiar a fábrica Bracho, termina seus dias sozinho e
atrás das grades. Também nas vilanias, Dominika Paleta como a sedutora
Leda chamou a atenção.
Mas a grande atuação da novela foi a de Chantal Andere, impecável na
pele da atormentada Estephanie Bracho, uma mulher que refugiava-se em
uma religiosidade doentia para esconder seus verdadeiros sentimentos, e
aguentar a infidelidade explícita de Willy, seu marido. Chantal teve em
Estephanie seu melhor papel em novelas.
A novela ainda teve inúmeras participações especiais como Nuria Bages,
Miguel de León, Irán Eory, Silvia Derbez, René Muñoz, Silvia Caos, Laura
Zapata, Azela Robinson e Arturo Peniche, que viveu Edmundo Serrano, o
advogado que tirava Paulina da cadeia e lutava por seu amor, em vão.
Arturo Peniche finalmente ficaria com Gabriela Spanic em La intrusa,
projeto semelhante a A usurpadora. A idéia original de Carlos Romero era
inclusive, fazer uma trilogia de gêmeas, semelhante à famosa Trilogia
das Marias estrelada por Thalia. Devido ao fracasso retumbante que foi
La intrusa, o projeto foi abandonado.
Também no grande espaço que deram a Sergio Miguel como Carlinhos Bracho,
Paola tinha toda razão ao querer mandá-lo para um internato, como o
momento em que ele se perdeu, o pior momento da novela. Fernando Colunga
esteve fraquíssimo como Carlos Daniel, um personagem extremamente
vulnerável.
A usurpadora fez tanto sucesso, que meses depois o público exigiu uma
continuação. Os produtores de A usurpadora, ao terminar a novela,
ficaram com tanta saudade e tiveram uma ideia genial: Fazer um capítulo
(que no Brasil foi esticado e viraram dois) contando a história da
família Bracho um ano depois do casamento de Carlos Daniel e Paulina.
Que surpresa que foi para os fãs brasileiros que nem sabiam da
existência deste capítulo. Em dezembro começam as chamadas no SBT para
Más allá de la usurpadora.
Veio então o especial Más allá de la usurpadora, que também serviu para consertar o erro cometido no final da novela original.
Más allá de la usurpadora começa quando Paulina vai ao médico pegar o
resultado de seu 'check-up'. Ela descobre que está com câncer terminal e
só lhe restam 6 meses de vida. Paulina não conta a ninguém sobre sua
doença e começa preparar uma nova senhora Bracho para ser esposa de
Carlos Daniel.
A escolhida é Raquel, a preceptora de Carlinhos, Lizete e Paulinha, a
nova filhinha de Carlos Daniel e Paulina, que tinha apenas três meses de
vida.
Raquel é ambiciosa e é apaixonada por Carlos Daniel e nem se importa que seja casado.
Ao mesmo tempo que tudo isso acontece, Estephanie recupera a razão e
quer seu filho de volta, onde se encontra morando com Rodrigo e
Patrícia.
Paulina, pensando que Raquel é uma pessoa boa e honrada, começa
ensinar-lhe tudo o que Paola ensinou para ela, antes de usurpá-la: como
se portar na mesa e a usar certas roupas para determinadas ocasiões.
Raquel conta a verdade para Carlos Daniel, sobre a doença de Paulina.
Enquanto isso, Paulina vê Paola no seu espelho, um cena bastante
emocionante.
Raquel prepara um plano diabólico contra Paulina: Na festa de 1 ano de
casamento de Carlos Daniel e Paulina, Raquel coloca veneno no vinho de
Paulina e propõem um brinde. Raquel se distrai quando chega Lizete e
Carlinhos. Lizete quer beber o vinho, mas Carlinhos diz que não pode
porque é para os adultos e não para crianças. Então, Carlinhos troca de
lugar os copos.
Raquel bebe o vinho envenenado, mas Paulina desmaia. Logo depois Raquel
também passa mal e vai junto com Paulina de ambulância para o hospital.
Estephanie foge do sanatório e rouba seu filho da casa de Rodrigo.
Paulina descobre que os exames foram trocados e que não está doente. Mas
a pergunta: Porque o desmaio e os enjoos? Isso se deve ao fato de
Paulina estar novamente grávida.
Raquel que se encontra muito mal, entre a vida e morte, conta a verdade
para Paulina, que não a denuncia e sim, lhe dá algum dinheiro para ela
volte de onde veio.
Acaba o capítulo quando estão todos reunidos, Rodrigo e Patrícia perdoam
Estephanie por ter roubado a criança daquela forma. Eles planejam
viajar para Porto Rico para ver se dão um priminho para Carlinhos,
Lizete e Paulinha. Paulina conta que está grávida. Eles tiram uma foto e
acaba.
Aqui no Brasil esse especial marcou o início da inesquecível Tarde de
amor. Nele havia a presença da estrela Yadhira Carrillo, a nova criada
dos Bracho, Raquel. O especial foi outro grande sucesso, marcando uma
alta audiência. Foi um verdadeiro fenômeno, a novela deixou muitos fãs e
muitas saudades. Realmente, uma história inesquecível.
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