domingo, 8 de março de 2015

CURIOSIDADES DA NOVELA CUMPLICES DE UM RESGATE


Tudo começou com uma ideia da atriz Daniela Luján, de se fazer uma novela infantil que falasse de um tema muito comum nas novelas adultas, mas praticamente inexplorada no universo das novelas infantis: as gêmeas. Rosy Ocampo se interessou pela ideia e a desenvolveu, assim nasceu a novela, que a princípio se chamaria Rescate T3.
Logo de cara, uma polêmica, Daniela Luján, a pioneira da ideia, estaria fora do projeto, e as gêmeas seriam Belinda, com quem Rosy Ocampo já havia trabalhado nos sucessos Amigos para sempre e Aventuras en el tiempo.
A novela estreou e causou verdadeira sensação, além dos atores já consagrados, foi o lançamento do menino Fabián, na pele de Joaquim. Belinda a princípio enfrentou críticas por sua atuação como a gêmea má, Silvana, mas com o tempo, afinou sua atuação e melhorou muito. A crítica mexicana elogiou a novela. E mesmo aqui no Brasil, a trama começou com altos índices.
Com o tempo, a história foi se perdendo, o sequestro de Mariana não tinha fim e as situações iam se esvaziando. A aventura prometida no início estava ficando monótona a cada capítulo. E mesmo o casal vivido por Laura e Gattorno não foi de todo o agrado, apesar das boas atuações dos dois.
Um grande destaque foi Cecília Gabriela, que interpretou uma terrível vilã, ela brilhou como a víbora Regina, a "cenoura vingadora". Apesar de histérica demais, ela deu um show a parte e ofuscou os atores mais velhos. Outro destaque foi o casal Marina e Ofélio, vividos por Maribel Fernández e o comediante Carlos Benavides.
A Televisa estava bastante satisfeita com os índices de audiência da novela, e além disso, não queria estrear a substituta, Viva as crianças, na época da Copa. Surgiu então a ideia de esticar a novela. Em meio a isso, Belinda e seus pais brigaram com Rosy Ocampo por motivos de dinheiro e de carga horária de trabalho. O barraco foi enorme, e Belinda abandonou a novela.
Eis que então, Rosy Ocampo chama Daniela Luján para substituir Belinda como Mariana e Silvana. O público, é óbvio, percebeu a brusca mudança. Inúmeras comparações entre as duas foram feitas, e até agora, não se sabe quem se saiu melhor como as gêmeas.
Para esticar a novela, ao invés de colocar alguns elementos novos, ela fez uma verdadeira bagunça na novela. Laura Flores e muitos outros atores saíram da novela, com as desculpas mais esfarrapadas possíveis. Rosa e Alberto, por exemplo, partiram para uma interminável lua-de-mel, claro, isso depois de se esclarecer a origem das meninas. A verdade é que a única boa ideia para a nova etapa foi Tânia Belmont, a personagem criada por Regina, fazendo-se passar por morta, para se vingar dos cúmplices. Foi aí que Cecília Gabriela virou de fato a verdadeira protagonista da novela.
Enquanto saíram vários atores adultos, entraram várias crianças, com certeza o maior destaque foi a presença de Martín Ricca, como ele mesmo, o que fez com que Fabián, a princípio lançado como uma revelação, se tornasse um mero coadjuvante. E foi nessa parte que a novela virou muita música e pouca história. Atores talentosos tinham papéis inexpressivos, como o caso de Olívia Bucio, que virou apenas a mãe de Martinho.
A novela virou apenas uma divulgação de CD’s, fazendo de Cúmplices de um resgate a novela com mais discos já lançados. Rosy Ocampo acabou fazendo de Cúmplices o mesmo de sempre: em meio a uma boa história, colocar sempre uma banda infantil, pura falta de criatividade, puro interesse comercial.
Foram lançados nada menos que 4 CDs da novela Cúmplices de um resgate pela Fonovisa (Gravadora da Televisa). Os CDs traziam os principais temas da novela cantado pelo elenco.
Cúmplices foi uma boa novela, e que teve êxito, mas sua história foi um verdadeiro desastre, tanto dentro como fora da tela. Rosy Ocampo pecou, e muito, naquela que poderia ter sido uma das melhores.

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