sábado, 24 de outubro de 2015

CURIOSIDADES DA NOVELA RUBI

O clássico de Yolanda Vargas Dulché encontrou uma moderna adaptação para que se convertesse em um dos grandes sucessos da Televisa: Rubí foi um hit.
Um grande sucesso, a versão de 2004 conseguiu a proeza de atualizar com perfeição a história para os dias de hoje. Uma deliciosa novela com a dose exata de folhetim, intrigas, reviravoltas, e até sensualidade, mesmo sendo exibida às 20h. Como a história original era bem curta, a adaptadora Ximena Suárez, sob a produção caprichada de José Alberto Castro, tratou de criar inúmeras tramas paralelas para que aumentasse o número de capítulos da novela. Como a vida dupla de Genaro (José Elias Moreno), tio de Hector, casado com Elisa (Ana Bertha Espín), que sofria por não ter podido ter filhos, e ao mesmo tempo, levando anos tendo Lilia (Arlete Pacheco) como  outra esposa, e outros filhos com ela. Ou ainda o triângulo amoroso vivido por Cristina (Paty Díaz), a irmã batalhadora de Rubí, dividida entre o simples chofer Cayetano (Luis Gatica) e o médico Marco (Jan). Também houve uma abordagem sobre o Mal de Alzheimer, por meio de Carla (Olivia Bucio), a mãe de Alejandro que padecia da doença. Correndo por fora, havia uma trama sobre os bastidores de uma pesquisa científica, que tornava Alejandro inimigo de seu superior, Dr. Bermudez (Carlos Cámara), médico corrupto.s primeiros capítulos não tiveram a audiência esperava, e a principal razão era a lentidão dos acontecimentos. Mesmo pautada por diálogos e situações interessantes que demonstravam bem as raízes da ambição da protagonista, Rubí custou a engrenar. Afinal, todos já sabiam que Rubí tiraria Hector de Maribel, e inúmeros capítulos giravam em torno da insinuação disso. A audiência só reagiu quando Rubí finalmente roubou Hector da amiga em um capítulo antológico. Foi por volta do capítulo 30, que, abandonada no altar, Maribel flagra Rubí com Hector rumo ao aeroporto. Ciente de que a noiva abandonada estava assistindo, Rubí beija sua nova conquista, deixando Maribel arrasada. A partir daí, a audiência entrou numa incrível curva ascendente, se tornando o grande sucesso de 2004.
 A verdade é que Rubí também reascendeu a carreira de José Alberto Castro, que vinha de sucessivos problemas. Em 1999, enfrentou um processo por plágio na infantil Serafín. Em 2001, fracassou no horário nobre com Sin Pecado Concebido. Rubí foi uma grande sacada, e a parceria com Ximena Suárez passou a ser bastante sólida no decorrer dos anos, mesmo entre novelas que não foram tão bem assim. O sucesso de Rubí foi tão grande que o público passou a praticamente exigir que o produtor fizesse a nova versão de Teresa (1989), com Bárbara Mori também como protagonista. Então foi levantado o arsenal de semelhanças entre as duas histórias – que tem origens e autores diferentes. Seria uma estratégia como a de Thalía vivendo inúmeras “Marias” ou Gabriela Spanic no rol de gêmeas. Mas Bárbara Mori decidiu investir sua carreira no cinema. José Alberto Castro só se animaria a produzir o remake de Teresa em 2010, trazendo Angelique Boyer, Aaron Díaz e Sebastián Rulli como protagonistas. Sebastián Rulli, aliás, viveria novamente o marido traído.
Rubí conseguiu ser original, mesmo sendo um remake. Trouxe um bom respiro à formula da novela clássica, mesmo sendo clássica também. Grande mérito de Ximena Suárez, da produção de José Alberto Castro, e da figura inesquecível de Bárbara Mori como “a descarada”.

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